EM BUSCA DA
CAVERNA DA CACHOEIRINHA
Em 21 de abril de 2016 estivemos Luis Henrique
Teixeira (Funcionário Publico Federal, nosso guia), Diovanni Resende (Geógrafo e espeleólogo)
e eu, em Cachoeirinha, Distrito de Córrego Danta-MG, na fazenda do Sr. Jonas Teixeira,
para conhecermos uma caverna existente naquela localidade. A caverna fica a uma
distancia de aproximadamente 5 km da BR-354. A entrada está pouco acima do
Viaduto da Serra, à esquerda. Tomamos a estrada de acesso, estreita
e muito perigosa, bastante acidentada.
Encontramos na fazenda o Sr. Jonas que permitiu-nos a visita à caverna e nos
indicou o melhor caminho para atingirmos nosso objetivo. Depois de 20 minutos
de caminhada, alcançamos o pé de um maciço onde se encontra a caverna. É uma
cavidade pequena mas muito interessante. Deve ter um 8 metros em sua parte mais
profunda e uns 3 a 4 metros de altura em sua entrada. As rochas internas são
bem claras e lembram mármore (a três quilômetros do local existe uma mina de
exploração de mármore iniciada na década de 40, atualmente desativada). Algumas
inscrições de alguns visitantes recentes estão bem visíveis. Embora tivéssemos
informações da existência de pinturas e escritas rupestres, isso não se
confirmou. As inscrições lá existentes são obra de vândalos modernos. Uma
pequena parte em uma rocha tem início da formação de calcita (
A Calcita
ou Calcite, é um mineral com composição química CaCO₃, com clivagem perfeita e romboédrica Cristaliza em
uma grande variedade de formas e também como estalactites. Pode ser
fluorescente e fosforescente. Wikipédia)
ou algo semelhante com um brilho peculiar. Embora estivéssemos bem equipados,
com máscaras, inclusive, não foi necessário usá-las, pois, a caverna é bem arejada e curiosamente
não tem morcegos, uma raridade. Fizemos um rastreamento com Detector de Metais (Fisher) no interior e adjacências da caverna e encontramos apenas dois pequenos objetos de ferro. Uma pedaço pequeno (5cm X 4,5cm) de uma chapa que lembra uma capa de baioneta e um prego bem antigo desses feitos em forja. A primeira peça citada estava tão danificada que a descartamos. Aproveitamos a nossa viagem e estivemos em um sítio arqueológico indígena, nas proximidades, de onde recolhemos dois pequenos fragmentos de igaçaba (urna funerária de indígenas), que devem ser de uma das três tribos que existiram na região: Caiapós, Puris ou Araxás. Considerando o tom claro das rochas internas da gruta, e levando-se em conta que ela não tem nome, bem que poderíamos nomeá-la “Gruta de Mármore”.
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Posição geográfica |
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Nosso Guia Luis Henrique Teixeira |
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Blocos de Mármore? |
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Admirando... |
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Calcita em formação |
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Vandalismo |
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Detectando |
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Diovanni Resende |
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Linha vermelha: Parte da rota de chegada |
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Fazenda próxima da caverna |