domingo, 29 de maio de 2016

         EM BUSCA DA CAVERNA DA CACHOEIRINHA



                Em  21 de abril de 2016 estivemos Luis Henrique Teixeira (Funcionário  Publico Federal, nosso guia), Diovanni Resende (Geógrafo e espeleólogo) e eu, em Cachoeirinha, Distrito de Córrego Danta-MG, na fazenda do Sr. Jonas Teixeira, para conhecermos uma caverna existente naquela localidade. A caverna fica a uma distancia de aproximadamente 5 km da BR-354. A entrada está pouco acima do Viaduto da Serra, à esquerda. Tomamos a estrada de acesso, estreita e muito perigosa,  bastante acidentada. Encontramos na fazenda o Sr. Jonas que permitiu-nos a visita à caverna e nos indicou o melhor caminho para atingirmos nosso objetivo. Depois de 20 minutos de caminhada, alcançamos o pé de um maciço onde se encontra a caverna. É uma cavidade pequena mas muito interessante. Deve ter um 8 metros em sua parte mais profunda e uns 3 a 4 metros de altura em sua entrada. As rochas internas são bem claras e lembram mármore (a três quilômetros do local existe uma mina de exploração de mármore iniciada na década de 40, atualmente desativada). Algumas inscrições de alguns visitantes recentes estão bem visíveis. Embora tivéssemos informações da existência de pinturas e escritas rupestres, isso não se confirmou. As inscrições lá existentes são obra de vândalos modernos. Uma pequena parte em uma rocha tem início da formação de calcita (A Calcita ou Calcite, é um mineral com composição química CaCO, com clivagem perfeita e romboédrica Cristaliza em uma grande variedade de formas e também como estalactites. Pode ser fluorescente e fosforescente. Wikipédia) ou algo semelhante com um brilho peculiar. Embora estivéssemos bem equipados, com máscaras, inclusive, não foi necessário usá-las,  pois, a caverna é bem arejada e curiosamente não tem morcegos, uma raridade. Fizemos um rastreamento com Detector de Metais (Fisher) no interior e adjacências da caverna e encontramos apenas dois pequenos objetos de ferro. Uma pedaço pequeno (5cm X 4,5cm) de uma chapa que lembra uma capa de baioneta e um prego bem antigo desses feitos em forja. A primeira peça citada estava tão danificada que a descartamos. Aproveitamos a nossa viagem e estivemos em um sítio arqueológico indígena, nas proximidades,  de onde recolhemos dois pequenos fragmentos de igaçaba (urna funerária de indígenas), que devem ser de uma das três tribos que existiram na região: Caiapós, Puris ou Araxás. Considerando o tom claro das rochas internas da gruta, e levando-se em conta que ela não tem nome, bem que poderíamos nomeá-la “Gruta de Mármore”.

Posição geográfica 

Nosso Guia Luis Henrique Teixeira

Blocos de Mármore?

Admirando...

Calcita em formação

Vandalismo


Detectando

Diovanni Resende

Linha vermelha: Parte da rota de chegada

Fazenda próxima da caverna