quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A PRIMEIRA POVOAÇÃO DE BAMBUÍ NÃO ERA NO VALE DO CÓRREGO DAS ALMAS

     Pesquisando a história de Bambuí sempre me intrigou o fato da “Freguesia de Santana de Bambuí ter sido instituída um ano antes da construção da Matriz de Santana por Inácio Correa Pamplona. Como poderia a Diocese de Mariana ter instituído uma paróquia em um local que não tinha uma igreja e provavelmente nem os “fregueses”? Se existia uma igreja, mesmo que precária; e um início de povoamento tudo indica que NÃO ERA NO VALE DO CÓRREGO DAS ALMAS, ou seja, o local onde hoje existe a cidade de Bambuí. Como sabemos o primeiro homem branco (João Veloso de Carvalho) chegou à região em 1720. Em 1736 a Picada de Goiaz foi construída. Em 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, usando de muita crueldade destruiu o Quilombo do Bambuí, um dos grandes quilombos do Campo Grande. Em 1768 foi instalada a “freguesia de Santana do Bambuí”. Mas, somente em 10 de outubro de 1769 é que o Mestre de Campo Inácio Correa Pamplona iniciou a construção da Matriz de Santana, já demolida, que ficava no mesmo local da atual. Como sabemos, Pamplona dou meia légua de terras na circunferência da nova igreja onde o povoado foi nascendo. Fica então, o questionamento que é uma afirmativa: TERIA EXISTIDO UM PRIMEIRO POVOAMENTO, DOTADO DE UMA IGREJA PRECÁRIA, EM OUTRO LOCAL?! Que local seria esse? Teria sido no local onde existiu o QUILOMBO DO BAMBUÍ? As informações que temos é que esse quilombo teria existido em algum local entre os rios Bambuí e Perdição e que poderia ser próximo ao local onde o rio Perdição deságua no Bambuí. Como chegamos a essa conclusão? Revendo o livro Bambuí nas Trilhas da Picada de Goiaz à página 81, encontramos o texto que reproduzo: “No livro Quilombo do Campo Grande – A História de Minas Que Se Devolve ao Povo, do colega Tarcísio José Martins, na pg. 675, traz a lume informações que levantam a tese de que seria o arraial de Santana do Bambuí remanescente do Quilombo do Bambuí: ‘Vicente ferreira de Paiva Bueno, neto de Bartolomeu Bueno (destruidor do quilombo Bambuí), bem como sete de suas testemunhas, fazem, em 1800 referencia a esse quilombo nominando-o como ‘Bambuí’. A 15ª testemunha, José Rodrigues de Oliveira, homem branco, solteiro morador na Freguesia das Lavras – e que esteve presente na batalha (de destruição do quilombo) – fez referencia a quilombo do Bambuí, que este está feito arraial’, referencia que, salvo melhor juízo, poderia significar que o próprio quilombo virou o arraial hoje, cidade de Bambuí’” Quanto à essa afirmativa “...salvo melhor juízo, poderia significar que o próprio quilombo virou o arraial hoje, cidade de Bambuí”, no meu livro discorri sobre esse fato e a própria localização da atual Bambuí situada na margem direita do rio de mesmo nome, derruba esse argumento.

Portanto, existiu mesmo um primeiro povoado chamado Santana do Bambuí, mas este teve vida efêmera, pois com a construção da Matriz de Santana por Pamplona, um novo arraial surgiu em seu entorno. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CENTENÁRIO DA MORTE DO PE. JUCA

Ganhei, recentemente, de minha amiga Erivelta Diniz, secretária da Cúria Diocesana de Divinópolis, 3 livros de autoria de Dom Gil Antônio Moreira, atual bispo da Diocese de Juiz de Fora. No livro Itapecerica Sua Fé, Sua Música - História Eclesiástica de Itapecerica, descobri algo desconhecido de nós bambuienses. Fiquei surpreso quando, o citado livro faz referencias ao páraco pe. Tibúrcio dos Santos Ribeiro (nasceu em Itapecerica em 17-10.l862 e faleceu em Bambuí em 29-01-1912 - cem anos). Segundo esse livro o pe. Juca, como era chamado, teve de assumir a presidência da Câmara Municipal para evitar um embate fratricida entre as forças políticas de então (provavelmente envolvendo os dois maiores partidos da época o PR-Partido Republicano e o PL-Partido Liberal). O pe. Juca foi, portanto Agente Executivo (equivalente a prefeito), por um curto período. Quando ele conseguiu pacificar as duas correntes políticas, convocou eleições, apurou os votos e deu posse aos eleitos. Esse fato deve ser desconhecido por toda a população bambuiense. Fica registrado esse fato, decorridos cem anos da morte do pe. Tibúrcio dos Santos Ribeiro.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Estou conhecendo agora essa engrenagem chamada blog. Estou em fase de aprendizagem. Conto com a visita e a paciência dos amigos visitantes. Com o tempo vamos abordar vários assuntos de interesse de todos os visitantes. Este blog será um espaço onde poderemos discutir nossa bambuidade.